terça-feira, 27 de setembro de 2016

Prefeituras das capitais: conheça os 205 candidatos que concorrem nas eleições 2016

No domingo, o eleitor decide quem vai administrar nos próximos quatro anos
Pouco mais de 32 milhões de eleitores das 26 capitais estaduais estarão aptos a votar nas eleições de outubro. 

O primeiro turno do pleito ocorre neste domingo (2). No âmbito majoritário, são 205 candidatos disputando as prefeituras dessas cidades, o que significa uma média de 7,8 candidatos por cadeira. 

Desses, 154 concorrem em cidades onde o atual prefeito tenta a reeleição e apenas 44 (20,48%) são mulheres.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) é o que tem mais candidatos nas capitais: concorre em 24 cidades, ficando de fora apenas em duas localidades da região Norte, Rio Branco e Macapá.

Em segundo lugar, vem o Partido dos Trabalhadores (PT) com candidatos concorrendo em 19 capitais, seguido pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 16. As legendas com menos candidatos são PSD (Partido Social Democrático), com candidatos concorrendo em oito capitais, e PR (Partido da República), em sete. 

Conheça o perfil de cada um dos 205 candidatos às prefeituras das capitais

O mandato para o cargo de prefeito é de 4 anos. Dos seis chefes do executivo municipal que não disputam a reeleição, quatro já atuaram em duas gestões seguidas (Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Goiânia) e dois não quiseram tentar um segundo mandato (Florianópolis e Cuiabá).

Nas localidades em que a disputa não se decida no próximo domingo, o segundo turno ocorrerá no fim do mês, em 30 de outubro. Pela regra, o segundo escrutínio só pode ocorrer nas eleições para prefeitos e vice-prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores.

Além disso, pelo critério da maioria absoluta, para ser eleito logo no primeiro turno, o candidato deverá obter mais da metade dos votos válidos e não, simplesmente, obter mais votos que seus concorrentes. A única capital brasileira que se encaixa no perfil dos municípios com menos de 200 mil eleitores é Palmas, que conta com 172.344 pessoas aptas a votar.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde o pleito de 2000, o número de mulheres eleitoras ultrapassa o de homens. Mas, esta é a primeira vez que o eleitorado feminino será maior que o masculino nos 26 estados onde haverá votação.

Essa conquista chega 84 anos depois de as mulheres terem garantido o direito de escolher seus representantes nas urnas. Apesar disso, o número de mulheres candidatas ainda é baixo. Elas representam cerca de 30% dos candidatos de todos os municípios brasileiros.  

O tempo médio de votação no próximo dia 2 de outubro deverá ser de menos de um minuto, segundo o TSE. Isso porque a escolha recai apenas sobre os cargos de prefeito, que são identificados por dois números, e de vereador, por cinco.


domingo, 25 de setembro de 2016

Cigarras anunciam mais seca no Piauí

Cigarras chegam às praças de Teresina

Eram 10 horas e 15 minutos desta manhã de setembro. As cigarras começaram a zunir inutilmente. Não anunciavam verão porque a seca em volta dela torra tudo. Há dias.

A cigarra, porém, disciplinada e monótona, começa a zunir aquele ruído específico que só ela sabe produzir. Cigarra que já inspirou tanta gente em prosas e versos.

Foi La Fontaine que escreveu sobre a cigarra e a formiga; a fábula que se transformava em lição de moral para crianças. Esta minha cigarra aqui da praça é perdida. Talvez sequer saiba que é heroína do mal de histórias infantis.

O que sabe é cantar e o que sei é que gosto de ouvi-la. Mais pela disciplina. Porque, a bem da verdade, diga-se, é melhor passar a vida cantando como ela do que trabalhando como formiga mal humorada.

Segundo os livros a cigarra ou Cicadoidea é uma superfamília da ordem Hemiptera, subordem Homoptera, que agrupa os insetos conhecidos pelos nomes comuns de cigarra e cega-rega.

Existem mais de 1 500 espécies conhecidas deste inseto (sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira). 

São notáveis devido à cantoria entoada pelos machos, diferente em cada espécie e que é ouvida no período quente do ano. Os machos destes insetos possuem aparelho estridulatório, situado nos lados do primeiro segmento abdominal, emitindo, cada espécie, um som característico.

As cigarras também são reconhecidas pela forma característica e pelo tamanho grande, que varia de 15 milímetros até pouco mais de 65 milímetros de comprimento e atingindo até 10 centímetro  de envergadura. Possuem  “bico” comprido para se alimentar da seiva de árvores e plantas onde normalmente vivem.

A importância da cigarra no ecossistema é positiva, por um lado, por servir de alimento para os predadores e, negativa, por outro, porque se constitui em pragas de algumas culturas. 

As suas ninfas vivem alimentando-se da seiva das raízes das plantas, causando sensíveis prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que retiram e pelos ferimentos causados às raízes, facilitando a penetração de fungos e bactérias.

Olegário Mariano amava as cigarras. Que nem eu que, quando menino, li e lembro até hoje da poesia que escreveu sobre elas:

O Enterro da Cigarra

As formigas levavam-na... Chovia...
Era o fim... Triste Outono fumarento...
Perto, uma fonte, em suave movimento,
Cantigas de água trêmula carpia.

Quando eu a conheci, ela trazia
Na voz um triste e doloroso acento.
Era a, cigarra de maior talento,
Mais cantadeira desta freguesia.

Passa o cortejo entre árvores amigas...
Que tristeza nas folhas.., que tristeza
Que alegria nos olhos das formigas!

Pobre cigarra! quando te levavam,
Enquanto te chorava a Natureza,
Tuas irmãs e tua mãe cantavam...

(Olegário Mariano)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Horário de verão começa no dia 16 de outubro

À zero hora do dia 16 de outubro, terceiro domingo do mês, tem início o horário de verão 2016/2017 brasileiro. 

Os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas unidades federativas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.

Adotado pelo país pela 41ª vez, o horário de verão se estenderá até o dia 19 de fevereiro de 2017, quando os relógios deverão voltar a ser ajustados em uma hora a menos.

Como durante o verão o uso de eletricidade para refrigeração, condicionamento de ar e ventilação aumenta, a estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir a demanda principalmente no período de pico, entre as 18h e as 21h, ou seja, quando mais pessoas, empresas e indústrias estão utilizando a energia elétrica.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), quando a demanda de energia elétrica diminui, as empresas que operam o sistema conseguem prestar um serviço melhor ao consumidor porque as linhas de transmissão ficam menos sobrecarregadas.

Para as hidrelétricas, a água conservada nos reservatórios pode ser importante no caso de uma estiagem futura. Para os consumidores em geral, o combustível ou o carvão mineral que não precisou ser usado nas termelétricas evita ajustes tarifários.

No ano passado a economia gerada pelo adiantar dos ponteiros foi de R$ 162 milhões. Além disso, o ONS também afirmou em nota que, caso não houvesse horário de verão, R$7,7 bilhões teriam que ter sido investidos para suprir o atendimento da demanda elétrica no período.

Como surgiu  No Brasil, o primeiro horário de verão foi realizado entre 1931 e 1932, pelo presidente Getúlio Vargas, com duração de 5 meses. A prática vem sendo adotada sem interrupções desde 1985, com algumas diferenças nos estados que aderem à mudança, e também nos períodos de duração.

A única exceção para o decreto 6.558, de 2008, que define as regras do horário de verão atualmente, ocorre quando o terceiro domingo de fevereiro coincidir com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão termina no quarto domingo de fevereiro.


A ideia de adiantar a hora oficial em períodos de verão foi lançada em 1784 por Benjamim Franklin, político e inventor americano. O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para economizar os gastos com carvão.