O TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) aprovou na noite de terça-feira (29) a criação do
Partido da Mulher Brasileira (PMB), a 35ª legenda do país. O novo partido ainda
não tem comissão provisória no Piauí.O partido
apresentou 501 mil assinaturas de apoiamento, sendo que a lei exige a
comprovação de apoio popular de cerca de 487 mil pessoas ou seja, equivalente a
0,5% dos votos dados para o cargo de deputado federal nas eleições do ano
passado.O PMB
poderá disputar as eleições municipais de 2016. A legenda, no entanto, surge
com tempo de TV e recursos do Fundo Partidário mínimos.A sigla
só terá direito a parte desses benefícios que é dividido entre todas as
agremiações com registro na Justiça Eleitoral. Para conseguir maior fatia, terá
que eleger deputados federais –o que só ocorrerá em 2018.O PMB
comprovou possuir mais de nove diretórios no país, outro requisito: já existem
unidades em Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito
Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe.Desde
2008, a legenda tenta se viabilizar. Em 2009, o TSE chegou a negar o pedido de
registro porque não foi apresentada toda a documentação exigida.Em seu
site, o PMB se apresenta como partido de "mulheres progressistas",
"ativistas de movimentos sociais e populares" e que, junto com
homens, "manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas
de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis
condições de vida"."Todos
os partidos políticos têm mulheres, contudo a vida cotidiana de mulheres
continua na mesma, dia após dia, ano após ano. Apesar do trabalho partidário
perseverante de muitas mulheres, os interesses de mulheres nunca foram
prioritários", afirma.A direção
do partido afirma que a ideia é garantir maior presença feminina na política.
"Os progressos para garantir uma maior presença feminina nos lugares de
decisão têm sido demasiado lentos. Se acreditarmos nos valores democráticos,
não podemos excluir metade da população das estruturas do poder", afirma."As
Casas Legislativas (Municipais, Estaduais e Federal) e o Senado da República,
ainda estão longe de atingir o nível da massa crítica de 30%, considerada
necessária para que as mulheres possam efetivamente influenciar a política. A
igualdade entre homens e mulheres também é benéfica para as empresas. Estas têm
de aproveitar plenamente todos os nossos talentos se pretendemos fazer face à
concorrência mundial."
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