Imagem mostra sala de estar da cela do traficante brasileiro Jarvis Chimenes, que estava preso em Assunção, no Paraguai
Imagens da cela de luxo onde vivia um traficante de drogas
brasileiro em Assunção, no Paraguai, foram divulgadas pela imprensa paraguaia.
Jarvis Chimenes Pavão, preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, transformou
sua carceragem em um ‘apartamento’ de três quartos, sala de jantar, televisão
de plasma e até biblioteca.
Atualmente, a maior penitenciária do país e uma das mais
lotadas tem capacidade para 1.687 presos, mas abriga 3.532, reportou a rede
americana CNN. A superlotação, no entanto, não impediu Pavão de construir sua
espaçosa suíte de luxo com todas as comodidades e regalias .
A supersuíte foi revelada após a descoberta de uma bomba de
explosivos plásticos no muro da penitenciária na noite de terça-feira, que
seria usada em uma tentativa de fuga. Condenado por lavagem de dinheiro e
procurado no Brasil por narcotráfico, Pavão dormia confortavelmente em uma cama
de casal coberta de edredons e tinha à sua disposição uma biblioteca onde, em
meio a várias obras, se destaca a série completa sobre o narcotraficante
colombiano Pablo Escobar.
“Vamos demolir a cela
de Jarvis Chimenes Pavão e tomar medidas contra os diretores que permitiram os
privilégios para este condenado”, disse o novo ministro da Justiça, Ever
Martínez, que assumiu na quinta-feira passada – o escândalo culminou na
demissão da ministra Carla Bacigalupo pelo presidente paraguaio, Horacio
Cartes.
Alguns colegas presos de Pavão lamentaram a transferência do
morador da “cela VIP”, como a conheciam. Um dos prisioneiros disse à agência de
notícias France-Presse que o traficante brasileiro dava dinheiro para arrumar a
quadra de futebol e a capela da prisão, além de pagar por sua segurança dentro
da cadeia. Outro preso admitiu que o condenado era “o homem mais querido da
prisão”.
Conivência A
advogada do traficante, Laura Acasuso, afirmou que vários ministros da Justiça
e ex-diretores de Tacumbu estavam cientes dos privilégios de Chimenes Pavão e
de outros presos de destaque. “Seis ou sete ministros da Justiça e seis ou sete
diretores conhecem suas contribuições”, assegurou Acasuso.
Considerado como um dos traficantes mais perigosos da região
e herdeiro de Fernandinho Beira-Mar, que está em uma prisão de segurança máxima
no Brasil, Chimenes Pavão foi acusado de matar, em junho, um conhecido
empresário, Jorge Rafaat, na fronteira com o Brasil.
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