Rombo na Petrobras contribuiu para aumentar índice de corrupção |
O Brasil é o 76º colocado em ranking sobre a percepção de
corrupção no mundo, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pela
organização Transparência Internacional, que analisa 168 países e territórios.
O índice brasileiro foi de 38 – 5 pontos a menos que em
2014, quando o país ficou em 69º lugar.
Naquele ano, 175 países foram
analisados –, ou seja, o Brasil piorou tanto sua posição quanto sua nota. Foi o
pior resultado de uma nação no relatório 2015 comparando com o ano anterior.
A ONG elenca o escândalo na Petrobras, os problemas na
economia e o crescimento do desemprego como alguns motivos para a deterioração
do Brasil no ranking.
O país divide a 76ª posição com mais seis nações: Bósnia
e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia.
País com a menor
percepção de corrupção A Dinamarca ficou em 1º lugar, como o país em que a
população tem menor percepção de que seus servidores públicos e políticos são
corruptos.
A nação mais
transparente registrou um índice de 91 – a escala vai de 0 (extremamente
corrupto) a 100 (muito transparente).
"Os países nas primeiras posições apresentam
características comuns que são vitais: altos níveis de liberdade de imprensa;
acesso a informação sobre orçamentos que permite à população saber de onde
procede o dinheiro e como se gasta; altos níveis de integridade entre aqueles
que ocupam cargos públicos", afirma a organização.
"Não é surpreendente que o Brasil, afetado pelo maior
escândalo de corrupção de sua história pelo caso Petrobras, tenha sido o país da
América que mais caiu no índice este ano", afirma a organização em um
comunicado.
A tabela de honestidade na América do Sul tem o Uruguai como
o país mais transparente no 21º, com índice de 74. O país mais corrupto é a
Venezuela, com índice 17, na 158ª posição.
Melhora A
Transparência Internacional é referência mundial na análise da corrupção. O
relatório é elaborado anualmente desde 1995, a partir de diferentes estudos e
pesquisas sobre os níveis de percepção da corrupção no setor público de
diferentes países.
Apesar de a corrupção continuar sendo generalizada, a ONG
afirmou que seu novo índice mostra "sinais de esperança", já que o
número de países que melhoraram sua pontuação foi maior em relação aos que
pioraram.
"É possível vencer a corrupção se trabalharmos juntos;
para erradicar o abuso de poder, o suborno e revelar negociações secretas, os
cidadãos devem dizer em uníssono a seus governos que já tiveram o
bastante", afirmou em comunicado o presidente da TI, José Ugaz.
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