Assustados, pombos não voaram como a escola esperava |
Os integrantes soltaram dezenas de animais no meio do
batuque esperando que eles voassem para longe, mas muitos, desorientados com o
altíssimo volume, caíram no chão e - em uma cena bizarra de se imaginar -
acabaram pisoteados pelos membros da escola no desfile.
De acordo com reportagem do site Vista-se, mesmo se os
pássaros tivessem conseguido voar, era bastante provável que morressem; criadas
em cativeiros, essas aves necessitam de um estudo complexo para saber o ambiente
adequado para realizar a soltura.
A escola não procurou se informar a respeito
do tratamento dos animais.
Dos 68 pombos recolhidos pela ONG ‘SOS Aves e Cia’ no local,
somente 20 conseguiram sobreviver. Desses, muitos ainda têm altas
probabilidades de morte.
Segundo a entidade, a escola será notificada com base na lei
9.605, que classifica como atividade criminosa o abandono de animais.
“Infelizmente, o
Salgueiro cometeu um crime ambiental em pleno sambódromo e na frente de todo
mundo", afirmou o presidente da ONG, Paulo Maia em entrevista à rádio CBN
do Rio. “Não pode chegar em uma avenida e liberar um pombo.
O animal, para ser reintegrado ao ambiente, precisa de todo
um estudo. O sambódromo é um local totalmente poluído sonoramente, e o pombo
vai para onde?”
Até o momento, a escola de samba ainda não se pronunciou
sobre o assunto. Porém, nas redes sociais, muitos internautas criticaram a
atitude da agremiação e insistiram para que a produção desista de soltar pombos
no dia do desfile.
Caso o Salgueiro não atenda aos pedidos, talvez a gente vai
se ver no meio de uma verdadeira matança na tela da TV…
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