Quase invencível, o aaedes vai multiplicando vítimas em todo o País |
O número de casos notificados de dengue no país chegou a 1,6
milhão em todo o ano de 2015.
Nesse período, o país registrou uma das piores epidemias da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Nesse período, o país registrou uma das piores epidemias da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Os dados, que fazem parte do balanço mais atualizado sobre a
dengue –com informações de 4 de janeiro de 2015 a 2 de janeiro deste ano– foram
divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Ministério da Saúde.
Este é o maior número de casos de dengue já registrado em um
só ano desde o início da série histórica, em 1990.
Antes, a maior epidemia
registrada da doença havia ocorrido em 2013, quando o país teve 1,4 milhão de
casos notificados após atendimento e diagnóstico clínico por profissionais de
saúde.
Já em relação a 2014, o aumento é de 180% –naquele ano, o
Brasil teve 586 mil casos de dengue.
Um dos Estados mais afetados pela epidemia, São Paulo
concentrou cerca de metade dos registros do país, com 733 mil notificações em
todo o ano de 2015.
A situação, porém, também gerou alerta em outros Estados. Ao
todo, 22 deles tiveram aumento de casos da doença no último ano em comparação a
2014.
A maior incidência de dengue foi registrada em Goiás, onde houve cerca de 2.500 casos a cada 100 mil habitantes.
A maior incidência de dengue foi registrada em Goiás, onde houve cerca de 2.500 casos a cada 100 mil habitantes.
Já os únicos Estados a registrarem queda foram o Piauí,
Amazonas, Roraima e Acre, além do Distrito Federal.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, o pico da doença
foi registrado em abril, mês em que houve o maior número de atendimentos
informados pelas secretarias de saúde ao governo federal.
Apesar de uma leve redução no número de casos notificados
nos meses seguintes, a dengue não chegou a dar trégua. Em novembro, a
incidência da doença voltou a ter leve aumento no país, com 22 casos a cada 100
mil habitantes.
MORTES Além do
maior número de casos, o Brasil também teve recorde no número de mortes em
decorrência da doença em 2015. Ao todo, foram 863 óbitos.
Até então, o maior número de mortes ligadas à dengue havia
sido registrado em 2013, quando houve 674 casos, todos relacionados a
complicações da doença.
Alguns dos principais sintomas da dengue são febre, dores de
cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas e vômitos, cansaço e
dores no corpo.
A orientação é que pessoas com esses sintomas procurem os postos de saúde.
A orientação é que pessoas com esses sintomas procurem os postos de saúde.
Além da dengue, outras duas doenças transmitidas pelo mesmo
vetor tiveram aumento no país em 2015. São elas: a febre chikungunya e zika.
Ao todo, foram registrados 20.661 casos de febre chikungunya
em todo o ano passado. Deste total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420
estão em investigação, segundo o Ministério da Saúde.
A doença é marcada principalmente por causar fortes dores nas articulações.
A doença é marcada principalmente por causar fortes dores nas articulações.
Já a infecção pelo vírus zika não tem dados contabilizados
no país, o que leva pesquisadores a desconfiar que parte dos casos de dengue
registrados em 2015 tenha sido de infecções pelo vírus zika.
Pesa para essa
análise o fato de que ambas têm alguns sintomas parecidos, incluindo manchas
vermelhas no corpo e coceira.
O governo adota como parâmetro para verificar o avanço do
vírus zika o aumento no número de Estados com pacientes com casos confirmados
após exames laboratoriais.
Identificado em maio, o vírus zika já tem circulação
confirmada em 20 Estados e no Distrito Federal.
Desde outubro, o vírus também vêm sendo investigado como possível agente propulsor de um avanço de casos de recém-nascidos com microcefalia no país.
Desde outubro, o vírus também vêm sendo investigado como possível agente propulsor de um avanço de casos de recém-nascidos com microcefalia no país.
Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na última semana
aponta 3.530 casos suspeitos da má-formação no cérebro dos bebês, distribuídos
em 724 municípios de 20 Estados e do DF.
RECURSOS Nesta
sexta-feira (15), a presidente Dilma Rousseff sancionou recursos no valor de R$
1,27 bilhão a serem aplicados neste ano para a área de vigilância em saúde, que
engloba ações de combate ao Aedes aegypti.
Além desse valor, Estados e municípios devem receber uma
verba extra de R$ 600 milhões para pagamento de agentes de endemias, que atuam
no combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Também devem ser liberados cerca de R$ 500 milhões para as
ações de enfrentamento à microcefalia.
Em outubro, o Ministério da Saúde decretou situação de emergência nacional em saúde pública devido ao avanço dos casos de bebês identificados com a má-formação.
Em outubro, o Ministério da Saúde decretou situação de emergência nacional em saúde pública devido ao avanço dos casos de bebês identificados com a má-formação.
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