Marcelo Castro:o combate ao mosquito não é suficiente |
Em visita ao Piauí nesta sexta-feira (22) para participar do
seminário "Dengue, Chikungunya e Zika: controle e intervenção na
saúde", o ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que o Brasil está
perdendo a guerra contra o mosquito Aedes aegypti.
Segundo ele, a sociedade precisa se conscientizar que ela é o
principal agente de prevenção e combate ao mosquito transmissor.
“Há cerca de 30 anos o
mosquito vem transmitindo doenças para nossa população e desde então nós o
combatemos, mas estamos perdendo a guerra contra Aedes aegypti.
Vivemos uma verdadeira epidemia. Precisamos da sociedade
brasileira mobilizada na prevenção a essas doenças”, afirmou Marcelo Castro.
O ministro frisou que a batalha contra essas doenças só será
vencida definitivamente com o desenvolvimento de vacinas contra elas.Adiantou que até lá, o
único método efetivo é a não proliferação do mosquito transmissor.
“Já temos uma vacina contra a dengue, mas não contra o Zica
vírus. Nossos laboratórios estão em associação com os de outros países em
várias linhas de pesquisa para desenvolver essa vacina.
Mas tudo isso leva anos para acontecer. Enquanto não tem
remédio e vacina, só temos uma arma e todos os nossos esforços, todo o nosso
foco é voltado para a prevenção”, disse.
O seminário ocorreu no auditório da Ordem dos Advogados do
Brasil, seccional Piauí (OAB-PI), e foi organizado pela Fundação Fio Cruz em
parceria com o Ministério da Saúde, e secretarias estadual e municipais.
“A Fio Cruz está
entregando 500 mil testes para a prevenção e diagnóstico da dengue, Chikungunya
e Zica.
O mais importante agora é termos mecanismos e conhecermos a
realidade da infecção do vírus, sobretudo nas gestantes.
Além disso, estamos disponibilizando um teste molecular e no
prazo de quatro a cinco meses estaremos entregando o teste sorológico para que
a gente possa seguir a epidemia”, afirmou vice-presidente da Fio Cruz, Rodrigo
Stabell.
Durante o seminário, o ministro Marcelo Castro apresentou aos
profissionais e gestores de saúde do Piauí os detalhes do Plano Nacional de
Enfrentamento do Aedes e Microcefalia.
O plano envolve 19 órgãos e instituições federais e está
dividido em três eixos de ação: mobilização e combate ao mosquito; atendimento
às pessoas; e desenvolvimento tecnológico bem como educação e pesquisa.
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