Relações de Xuxa com a Record atingem alta tensão |
Na última segunda-feira (18), um alto executivo da área artística, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, fez uma espécie de censura pós-edição do programa, previamente gravado.
Cumprindo recomendação da igreja, o diretor viu todo o programa atento a cada frase de Xuxa.
Sua missão era eliminar tudo o que julgasse chulo, vulgar e imoral.
Paralelamente, advogados da Record já destrincham o contrato de Xuxa. Estão se preparando para uma eventual rescisão.
Xuxa e Record estão em crise desde outubro, apenas dois meses após a estreia do Xuxa Meneghel.
Além do excesso de referências sexuais, a emissora está descontente com o desempenho do programa no Ibope e no mercado publicitário.
Há duas semanas, a atração marcou apenas 4,9 pontos, sua pior média. Levou uma
"surra"do,Programa do Ratinho, que no confronto registrou 11,7.
Xuxa também tem sofrido derrotas consecutivas para o Máquina da Fama, do SBT.
A Record esperava mais dela, em conteúdo, audiência e anúncios.
Xuxa, por sua vez, tem reclamado nos bastidores de falta de condições de trabalho. Primeiro, ela ficou insatisfeita com a decisão da emissora de terceirizar sua produção no Rio de Janeiro, arrendando seu complexo de estúdios para a produtora Casablanca.
Os funcionários de Xuxa tiveram que rescindir com a Record e assinar novo contrato com a Casablanca, muitos em condições piores do que antes.
Xuxa perdeu vários colaboradores. Eles argumentaram que deixaram a Globo para trabalhar na Record, não para a Casablanca.
Diante desse quadro, advogados da Record já estudam o contrato da emissora com Xuxa. Buscam saídas que permitam uma rescisão menos traumática, como ocorreu com Gugu Liberato em 2013.
Na época, Gugu tinha contrato até 2018. Sua multa chegava a quase R$ 300 milhões. A Record conseguiu negociar por um terço disso e ainda manteve o artista em seu elenco, agora como coprodutor, com um custo muito inferior ao do contrato assinado em 2009.
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