Aumento de combustíveis pressiona alta nos transportes |
RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,82% em outubro, ante uma variação de
0,54% em setembro.
A principal pressão, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), veio dos combustíveis, que ficaram 6,09% mais
caros e responderam por quase 40% do índice mensal.
Com o resultado, a taxa acumula alta de 8,52% no ano (a mais
elevada para o período desde 1996) e de 9,93% em 12 meses (a maior desde 2003)
- ambas bem acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.
O dado de outubro, no entanto, ficou dentro do intervalo das
estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 0,73% a 0,89%,
com mediana de 0,80%.
"No total do Brasil, o resultado já quase encostou nos
dois dígitos. Pelos Estados, cinco já ultrapassaram os 10%. Ou seja, em alguns
Estados, a população está sendo mais penalizada pela inflação", declarou
Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Entre as regiões pesquisadas, os maiores resultados foram de
Curitiba (11,52%), Goiânia (11,19%), Porto Alegre (10,49%), São Paulo (10,45%)
e Fortaleza (10,02%).
Segundo o instituto, o consumidor passou a pagar, em média,
5,05% a mais pelo litro da gasolina - combustível de maior peso no IPCA. Os
preços chegaram a aumentar 6,21% em São Paulo e 6,12% em Curitiba. As altas são
reflexo do reajuste de 6% nas refinarias, em vigor desde 30 de setembro.
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