sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Estadão mostra Inflação com alta de 8,52% no ano, maior taxa desde 1996

Aumento de combustíveis pressiona alta nos transportes

RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,82% em outubro, ante uma variação de 0,54% em setembro.

A principal pressão, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio dos combustíveis, que ficaram 6,09% mais caros e responderam por quase 40% do índice mensal.

Com o resultado, a taxa acumula alta de 8,52% no ano (a mais elevada para o período desde 1996) e de 9,93% em 12 meses (a maior desde 2003) - ambas bem acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.

O dado de outubro, no entanto, ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 0,73% a 0,89%, com mediana de 0,80%.

"No total do Brasil, o resultado já quase encostou nos dois dígitos. Pelos Estados, cinco já ultrapassaram os 10%. Ou seja, em alguns Estados, a população está sendo mais penalizada pela inflação", declarou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Entre as regiões pesquisadas, os maiores resultados foram de Curitiba (11,52%), Goiânia (11,19%), Porto Alegre (10,49%), São Paulo (10,45%) e Fortaleza (10,02%).


Segundo o instituto, o consumidor passou a pagar, em média, 5,05% a mais pelo litro da gasolina - combustível de maior peso no IPCA. Os preços chegaram a aumentar 6,21% em São Paulo e 6,12% em Curitiba. As altas são reflexo do reajuste de 6% nas refinarias, em vigor desde 30 de setembro.

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