Situação de Delcídio pole levar o senador a optar pordelação |
Parentes e amigos de Delcídio Amaral (PT-MS) aconselharam o
senador a negociar um acordo de delação premiada.
Eles avaliam que esse seria o
melhor caminho para tirar o petista da prisão ainda este ano, a tempo de passar
o Natal com a família.
Em conversas reservadas nos últimos dois dias, o entorno
mais próximo do senador considerou pequenas as chances de Delcídio conseguir um
habeas corpus na Justiça após a divulgação da gravação feita por Bernardo
Cerveró.
Na conversa, Delcídio relata suposta pressão a ministros do
Supremo Tribunal Federal em busca de um habeas corpus para o ex-diretor da
Petrobrás Nestor Cerveró, pai de Bernardo.
A mulher de Delcídio, Maika, que visitaria o marido neste
fim-de-semana na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para tratar
do tema da delação premiada, era uma ferrenha defensora da estratégia e
discutiu o assunto com o advogado do senador.
Ela tem dito que o
marido não pode pagar sozinho por erros cometidos pelo PT e pelo Planalto –
Delcídio era líder do governo até ser preso pela PF na quarta-feira.
Na delação, Delcídio contaria o que sabe sobre o esquema de
corrupção e desvios na Petrobrás em troca de benefícios concedidos pela
Justiça.
No depoimento que prestou na quinta-feira à PF, Delcídio citou a presidente Dilma Rousseff, de maneira espontânea, pelo menos três vezes.
No depoimento que prestou na quinta-feira à PF, Delcídio citou a presidente Dilma Rousseff, de maneira espontânea, pelo menos três vezes.
"A então ministra (de Minas e Energia no governo Lula)
Dilma já conhecia Nestor Cerveró desde a época em que ela atuou como secretária
de Energia no governo Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul", afirmou o
senador.
"Como a área de
exploração de gás era bastante desenvolvida naquele Estado, havia contatos
permanentes entre a Diretoria de Gás e Energia da Petrobrás e a secretaria
comandada pela Dilma Rousseff", disse.
O acordo de delação precisa ser acertado com a
Procuradoria-Geral da República e, depois, homologado pelo STF.
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