Escoltado por agentes, Marin chega aos EUA e paga fiança |
Na terça-feira, ao desembarcar em Nova Iorque extraditado da
Suíça, ele foi oficialmente acusado de fraude, conspiração e lavagem de
dinheiro, com a possibilidade de ser condenado a 20 anos de prisão.
Mas, por um acordo, deu garantias milionárias, se declarou
inocente e até sua esposa, Neusa Marin, teve de assinar documentos para
garantir sua fiança. Seu filho também atestou na mesma direção.
Além da garantia que apenas será confiscada se Marin violar
o entendimento, o brasileiro teve de fazer um depósito de US$ 1 milhão e seu
apartamento na 5ª Avenida em Nova Iorque, avaliado em US$ 3,5 milhões, também
foi confiscado. Mas dormiu sua primeira noite em cinco meses em sua cama.
A garantia ainda foi organizada por quatro "amigos",
que não tiveram suas identidades reveladas. Eles, porém, assinaram um
compromisso de que Marin não fugiria. Nenhum seria do "mundo do
futebol".
A primeira audiência durou poucos mais de 20 minutos e um
novo encontro foi marcado para o dia 16 de dezembro. Ele é acusado de ter
recebido e compartilhado propinas para a Copa do Brasil e para a Copa América.
Abatido, Marin chegou a pedir para se sentar e tomar água, o
que fez o juiz o questionar se ele estava bem. A audiência teve de ser suspensa
por alguns minutos, enquanto sua esposa, Neusa, o tentava tranquilizar.
Ao retomar, ambos assinaram as garantias e o juiz insistiu
que, se Marin não cumprisse o acordo, o dinheiro seria confiscado.
Ele apenas
poderá sair de seu apartamento para ir ao advogado, médico, Igreja e comprar
comida, sempre com o sinal verde da Justiça e com o acompanhamento de
seguranças.
Diante do juiz, Marin viu sua mulher pela primeira vez em
meses. Ao final da audiência, ambos choraram ao se abraçar longamente de forma
emocionada.
Ele vestia um casado azul e calça preta. Ela, apenas uma roupa
preta. Durante a audiência, Marin apenas falou quando declarou seu nome. Fonte: Estadão
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