Rodovia no Piauí: cenário constante de acidente com mortes e prejuízos |
Em 2014, foram registrados 168,5 mil acidentes em rodovias
federais, com saldo de 100,3 mil feridos e 8,2 mil mortos.
Os dados foram
divulgados no começo de fevereiro deste ano pela Polícia Rodoviária Federal.
Segundo a corporação,
o índice de ocorrências caiu na comparação com 2013: foram 15,3% menos
acidentes.
A taxa de feridos baixou 9,2% e a de mortalidade reduziu 8,4% em
relação ao ano anterior.
Para investigar essas causas e indicar medidas para sua
solução, será realizada mesa redonda na próxima segunda-feira (23), às 9h, no
Plenarinho da Assembleia Legislativa do Piauí, em Teresina.
O encontro discutirá construção de nova ponte sobre o rio Parnaíba,
ligando Teresina a Timon (MA) e a duplicação das rodovias BR-316 e BR-343.
Iniciadas no governo Wilson Martins, as obras de duplicação
dos dois trechos de rodovias federais estão paradas.
A iniciativa do debate é do deputado federal Silas Freire
(PR-PI), que alerta para o grande número de mortes registradas nessas rodovias,
Principalmente por serem vias de pistas simples, sem duplicação,
ao contrário da maioria das rodovias federais que dão acesso às capitais
brasileiras.
Além das instituições foram convidados integrantes das
bancadas federal do Piauí no Congresso, autoridades do governo dos dois Estados,
entidades de classe e representantes da sociedade.
A PRF associa os resultados associados ao crescimento da
frota de veículos do país que, no ano passado, atingiu a marca de 86,7 milhões
de veículos, com alta de 6,2% na comparação com 2013.
Conforme o levantamento, a maioria dos acidentes é consequência
de mau comportamento humano.
Falta de atenção, velocidade incompatível e ultrapassagens indevidas lideram as causas de acidentes fatais. Esses fatores corresponderam, respectivamente, a 32%, 20% e 12% dos casos.
As colisões frontais representem 4% do total das
ocorrências, elas lideram os casos em que há vítimas fatais, respondendo por
35% dos óbitos nas rodovias.
Além disso, o balanço
da PRF aponta que 73% das colisões e das mortes ocorreram em trechos das
estradas em linhas retas. Mais de 95% das rodovias federais são de pista
simples.
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) têm
trabalhado para, nesses trechos mais críticos, duplicar rodovias ou, pelo
menos, criar a terceira faixa.
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