Cícero Magalhães: todo mundo sabe difamar |
O deputado estadual Cícero Magalhães (PT) respondeu às
críticas dos deputados de oposição à nomeação do ex-presidente Luis Inácio Lula
da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma, o que
estava sendo decidido em reunião no
Palácio do Planalto. “Difamar o Lula é fácil, todo mundo sabe.
Quero ver é fazer o que o Lula fez”. Magalhães defendeu
calma, paciência e respeito às instituições, sobretudo o voto soberano de
milhões de brasileiros, “para não acirrar ainda mais o clima de disputa entre
os dois lados.
O deputado petista disse que mantém a coerência de entender
que Lula não deveria aceitar o ministério. “Mas diante desse jogo de
imparcialidade, do ódio, rancor, preconceito e falta de respeito de alguns
quando se referem ao ex-presidente Lula, não por um Brasil melhor, mas para
tirar Dilma do pode.
Um partido que se enlameou com merenda escolar vem dá lição
de moral, cobrar honestidade dos outros”, destacou.
Cícero Magalhães disse que não aceita que se diga que o PT é
uma organização criminosa. E citou o fato de um policial federal, que se
notabilizou por conduzir os acusados de envolvimento em corrupção, é réu em uma
ação por crime cometido no exercício das funções e nem por isso poderia chamar
a Polícia Federal de organização criminosa.
“Não digo que nos partidos só tem canalhas. A maioria das
instituições, como om Judiciário, a Polícia Federal, a Imprensa, o Congresso,
os partidos é feita por homens e mulheres de bem, pessoas honradas, que não
podem ser jogadas na vala comum”, reagiu.
O orador também disse que a deleção do senador Delcídio do
Amaral (PT-MS) só serve para o PT, não vale para o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), citado várias vezes pelo delator.
“Não podemos condenar sem investigar, sem provas, como
querem alguns. A própria juíza encarregada do processo contra Lula questionou a
falta de provas. Cadê as provas?”, questionou.
Apartes Os
deputados Flora Izabel e João de Deus (PT) pediram a palavra para concordar com
o discurso do orador. Flora disse que a justiça tem que existir para todos.
Que Lula vai fazer a interlocução com o Congresso e que a
reação à presença dele no ministério de Dilma é uma tentativa de intimidação,
que se repete em Brasília.
“Estão esperando nomear para o Lula para colocar os 20
milhões de pessoas nas ruas. Torço para que ele aceite a Casa Civil para dar
uma solução às crises econômicas e políticas”.
João de Deus lembrou que Lula vinha sendo convidado para ser
ministro há vários meses. E que o fato de o ex-presidente ocupar esse cargo não
impede que ele continue sendo investigado.
"A história de Lula não vai ser apagada pela vontade um
deputado, aqui ou em Brasília, até pelo que Lula disse, no dia em que foi
levado coercitivamente a depor, de que não precisa de ministério para se
proteger.
Foi um tapa na cara de muita gente... As pessoas nas ruas
não dão o direito que eles querem para assaltar o país, passar por cima das
instituições e da lei... São quatro derrotas seguidas e dói ficar fora do
poder.
A luta agora é incriminar o Lula, impedir que ele seja
candidato em 2018. Mas o povo não é bobo. Alckmin e Aécio foram escurraçados
das manifestações. É preciso ter respeito à opinião das pessoas, que têm o
direito de se defender”, concluiu.
O deputado Cícero Magalhães (PT) voltou à tribuna, no final
da sessão de hoje (17), para reafirmar pronunciamento anterior, em que defendeu
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que ele “fez o lado
marginalizado do povo brasileiro se sentir gente” durante o seu Governo.
Magalhães reiterou que respeita a Polícia Federal porque sabe da qualidade dos
servidores do órgão.
Para o deputado, há uma campanha orquestrada para
desqualificar e desmoralizar o ex-presidente Lula e que existem pessoas no
Brasil travestidas de combatentes da corrupção.
Cícero criticou ainda o juiz
federal Sérgio Moro, que coordena a Operação Lava-Jato, que teria convocado
para depor um “capoteiro”.
Segundo ele, mesmo tendo sido liberado, o
trabalhador se sentiu constrangido pela forma como foi tratado.
O deputado
acrescentou que não defende aqueles que cometem deslizes, nem mesmo os que
pertencem ao seu partido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário