Folha registra evento como o maior |
:
Agência Brasil
Vestidos de verde e amarelo, manifestantes carregavam
bandeiras do Brasil e usavam adesivos de "Fora PT" e "Fora
Dilma".
Em diversos pontos da avenida era difícil andar em meio à multidão
devido à grande concentração de pessoas.
O superintendente de vendas Renato José de Almeida, 39 anos,
foi à Avenida Paulista com sua esposa e dois filhos para pedir o impeachment de
Dilma.
“Eu quero fazer parte dessa mudança que é tão necessária para o país
hoje, para ver se conseguimos voltar para a nossa realidade, que é um país
muito bom de se viver, é um país muito bom de se trabalhar, mas que tem que ter
as pessoas certas no poder”, disse.
Sobre o futuro do país, ele diz que “a cadeia sucessória do
país hoje é muito ruim. Eu acho que tanto PMDB quanto PT, todos eles se
aproveitaram do poder para levar vantagens em vários setores do nosso país”.
Para ele, a realização de novas eleições “seria a forma mais democrática para
podermos ter uma realidade nova, de país novo”.
A administradora Madalena Paiva de Azevedo, 51 anos, defende
o impeachment de Dilma porque considera importante mudar a imagem do país.
Ela
acredita que o PT prejudicou a imagem do Brasil no exterior e disse que, no
momento, a preocupação é tirar a presidenta do poder.
Para o futuro, ela disse que o país precisa de gente nova no
governo. “Vamos tirar esse pessoal, colocar gente nova, com ideias novas,
porque o Brasil é o país do futuro.
Tem que entrar gente nova, com conceito de responsabilidade, de humildade, de amor à terra e amor ao povo brasileiro”, acrescentou.
Tem que entrar gente nova, com conceito de responsabilidade, de humildade, de amor à terra e amor ao povo brasileiro”, acrescentou.
O médico Jorge Ismael Huberman, 63 anos, é a favor da saída
de Dilma, mas contra qualquer intervenção militar. Ele diz lembrar do regime
militar e da falta de liberdade de imprensa.
“O único lugar em que posso
manifestar é aqui na rua e mostrar minha indisposição e insatisfação.
[Manifestar] é o único modo que temos de nos expressar, colocar a nossa opinião
na rua”, disse o médico.
Ele avalia que o país vive um entrave político que está
atrapalhando a economia. “Ela [Dilma] tem que sair para a economia andar.
Enquanto ela não sair, a economia não anda. Nós estamos com uma inflação de
10%, é um absurdo isso.”
Segundo a Polícia Militar, 1,4 milhão de pessoas
compareceram às manifestações na Avenida Paulista. De acordo com o DataFolha,
cerca de 500 mil pessoas estiveram no ato desta tarde.
Não foram registradas ocorrências graves, segundo a PM.
Apenas uma mulher foi detida por desacato e levada ao 78º Distrito de Polícia
depois de ter arremessado garrafas de água contra policiais e causado pequeno
tumulto em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Líderes de oposição Pelo menos seis movimentos diferentes ocuparam a Avenida
Paulista com carros de som para pedir a saída da presidenta Dilma Rousseff.
O
Vem Pra Rua, um dos movimentos que liderou e convocou os protestos deste
domingo, deu início ao ato às 15h, com o Hino Nacional e a liberação de balões.
Os manifestantes, porém, já ocupavam a avenida desde as 10h.
Diversos políticos e parlamentares de partidos de oposição
estiveram presentes no ato. O principal ponto de encontro das lideranças
oposicionistas foi o palco montado pelo Movimento Brasil Livre, em frente ao
Masp.
Ao se aproximarem do local, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram vaiados pelos
manifestantes.
“Nós estamos aqui como cidadãos, respeitando a pluralidade nessa
sociedade tão múltipla como a nossa e na busca daquilo que nos une, o fim desse
governo”, disse o senador.
Brasília Na capital federal, o ato a favor do impeachment da
presidenta Dilma Rousseff, realizada na Esplanada dos Ministérios, terminou ao
som do Hino Nacional. Ao final do hino, os manifestantes gritaram “Fora, PT”.
Segundo a Polícia Militar, 100 mil pessoas participaram da
manifestação. Não houve ocorrência de atos violentos, segundo a PM, apenas
registro de extravio de documentos e atendimento de pessoas com mal-estar.
O
percurso dos manifestantes começou no Museu da República e foi até o Congresso
Nacional, em um total de dois quilômetros.
Salvador Manifestantes contrários ao governo Dilma reuniram-se, na
Barra, bairro de classe média em Salvador.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 20 mil pessoas participaram do protesto, que se encerrou no Farol da Barra, onde houve dispersão dos participantes por volta das 13h.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 20 mil pessoas participaram do protesto, que se encerrou no Farol da Barra, onde houve dispersão dos participantes por volta das 13h.
O Farol da Barra é um dos principais pontos turísticos da
capital baiana. Do local, os manifestantes seguiram para o Mirante Cristo da
Barra, outro ponto turístico, onde os participantes posaram para uma
fotografia, rezaram um Pai Nosso e aplaudiram, ao meio-dia, o juiz Sérgio Moro,
que julga, em primeira instância, os processos resultantes da Operação Lava
Jato.
O ato foi convocado nas redes sociais pelo Movimento Brasil
Livre (MBL). Um dos coordenadores do MBL na Bahia Eduardo Costa destacou o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff como o principal ponto de pauta do
movimento.
"Fora Dilma, fora Lula, fora PT. Há outras coisas que precisam
ser feitas, mas temos que começar por aí, para que outros governantes retomem
os rumos do nosso país."
Rio de Janeiro A manifestação pela saída da presidenta Dilma, no Rio de
Janeiro, durou cerca de cinco horas e ocupou vários quarteirões nas duas faixas
da Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, zona sul da cidade. Bandeiras do
Brasil, cartazes contra o governo federal e o PT eram empunhados por
manifestantes vestidos de verde e amarelo.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação com viaturas e
um helicóptero. Não foram registrados confrontos nem incidentes graves. A PM
não divulgou número de manifestantes. O ato foi encerrado com o Hino Nacional.
Já na Praça São Salvador, manifestantes favoráveis ao
governo fizeram uma assembleia para discutir a agenda da Frente Brasil Popular,
que reúne movimentos sociais e partidos políticos como o PT e o PC do B, para
esta semana.
Eles definiram a realização de um ato amanhã (14) em frente
à sede do jornal O Globo e uma passeata na Praça XV, centro do Rio de Janeiro,
na tarde do dia 18.
Recife Na capital pernambucana, a manifestação contra o governo
federal levou 120 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, à orla do bairro de
Boa Viagem, área nobre da cidade.
O ato, que começou às 10h, pediu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ato, que começou às 10h, pediu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sob sol intenso, três trios elétricos e um carro de som
puxavam o ato. Os manifestantes vestiam verde e amarelo e levavam cartazes
pedindo a saída de Dilma e criticando o
Partido dos Trabalhadores (PT).
Muitos moradores de prédios que ficam à beira mar colocaram mensagens e bandeiras brasileiras nas janelas em apoio à manifestação.
Fortaleza Em resposta à manifestação contra o governo federal e contra
o ex-presidente Lula, militantes e parlamentares do PT realizaram pela manhã
uma carreata pelas ruas da periferia de Fortaleza.
O grupo se concentrou no
bairro Parangaba e percorreu cerca de 12 quilômetros pelo lado oeste da cidade
em direção à orla do bairro Pirambu.
A caravana foi organizada pelo líder do governo na Câmara,
deputado federal José Guimarães (PT-CE).
Segundo ele, o evento foi uma preparação para o ato que será realizado no dia 18 de março em todo o Brasil.
Segundo ele, o evento foi uma preparação para o ato que será realizado no dia 18 de março em todo o Brasil.
“É muito importante sermos solidários a Lula neste momento, pelo que ele
representa para o povo brasileiro. Isso aqui é só o 'esquenta' para o dia 18.
Se os manifestantes contra o governo vão botar hoje muita gente nas ruas, nós
vamos botar o dobro no dia 18.”
Em Fortaleza, o ato vai se concentrar na Praça da Bandeira, no centro da cidade.
Em Fortaleza, o ato vai se concentrar na Praça da Bandeira, no centro da cidade.
Pelas avenidas, várias pessoas nas calçadas demonstravam
apoio. Algumas portavam bandeiras vermelhas. Houve também quem se colocou
contra a manifestação. A Polícia Rodoviária Estadual prestou apoio à carreata
durante o percurso.
Belo Horizonte Muitas máscaras do juiz Sérgio Moro, camisas da Seleção
Brasileira, apitos e bandeiras do Brasil deram o tom do ato contra o governo
federal na capital mineira. Os manifestantes se concentraram na Praça da
Liberdade.
De dois carros de som, eram organizados os discursos pelos
líderes dos grupos Patriotas, Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua.
O senador Aécio Neves também compareceu e fez coro com os pedidos de impeachment. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 30 mil pessoas compareceram aos protestos.
O senador Aécio Neves também compareceu e fez coro com os pedidos de impeachment. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 30 mil pessoas compareceram aos protestos.
Porto Alegre Na capital gaúcha, dois atos movimentaram este domingo. No parque Moinhos de Ventos, o Parcão, o
protesto reuniu pessoas favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Os manifestantes vestiam roupas nas cores verde e amarelo e carregavam
bandeiras do Brasil. Faixas e cartazes pediam a saída do PT do governo e o fim
da corrupção.
Houve discursos inflamados pronunciados no carro de som e os organizadores executaram o Hino Nacional.
Houve discursos inflamados pronunciados no carro de som e os organizadores executaram o Hino Nacional.
Já no Parque Farroupilha, a manifestação em defesa do
governo começou por volta das 14h. Ao
meio-dia, já havia pessoas com bandeiras e faixas do PT, da CUT e de movimentos
sociais.
Em pouco tempo, os militantes ocuparam todo o entorno do
Monumento ao Expedicionário, um dos símbolos do parque.
A maioria dos participantes usava roupas vermelhas, adesivos
e faixas com os dizeres "não vai ter golpe".
Os organizadores levaram uma banda de música gaúcha para animar a militância e promoveram um "coxinhaço" com a venda de coxas de frango assadas a preços populares.
Os organizadores levaram uma banda de música gaúcha para animar a militância e promoveram um "coxinhaço" com a venda de coxas de frango assadas a preços populares.
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