Lula: subtração de direitos fundamentais |
Agência Brasil
Em carta aberta aos brasileiros, o ex-presidente da
República e ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que as críticas feitas por ele a integrantes do Supremo Tribunal Federal
(STF), em conversa por telefone com a presidenta Dilma Rousseff, ocorreram em
uma “situação extrema”, no diálogo pessoal em que “me foram subtraídos direitos
fundamentais por agentes do Estado”.
A conversa, interceptada pela Polícia Federal, com
autorização judicial, tornou-se pública ontem (16) após o juiz da 13ª Vara
Federal de Curitiba, Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos da Lava Jato na
primeira instância, derrubar o sigilo do grampo. Na gravação, Lula afirma a
Dilma que a Suprema Corte está “totalmente acovardada”.
Em documento divulgado na noite de hoje pelo Instituto Lula,
o líder petista diz que no diálogo externou sua inconformidade em conversas
pessoal que foi tornada pública em “ofensa à lei e ao direito”.
“Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa,
e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticados atos
injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família.
Não espero
que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições
pessoais e políticas.
Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas
ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5º da Constituição,
tornem-se objeto de juízos derrogatórios sobre meu caráter”, diz trecho da carta
divulgada pelo Instituto Lula.
Nenhum comentário:
Postar um comentário