Agência Brasil
Policiais federais em uniforme de campanha na porta do Instituto Lula |
O procurador da República, Carlos Fernando Lima, que integra
a equipe de investigação da Operação Lava Jato, disse hoje (4) que há indícios
de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o pagamento de
vantagens, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores
empreiteiras investigadas na operação policial.
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a 24ª
fase da Lava Jato, com mandado de condução coercitiva para o ex-presidente
Lula, que está sendo ouvido por agentes da PF no Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo.
“As investigações são exatamente no sentido de comprovar ou
não a participação do ex-presidente nas decisões de beneficiamento de partidos
da base aliada.
As investigações já vêm acumulando evidências que o
principal beneficiário era o governo do PT, fica claro que os benefícios
políticos colhidos foi de Lula e da atual presidenta [Dilma Rousseff]”, disse o
procurador em entrevista à imprensa na Superintendência da Polícia Federal, em
Curitiba.
Segundo o procurador, Lula recebeu cerca de R$ 20 milhões em
doações para o Instituto Lula e cerca de R$ 10 milhões em palestras de empresas
que também financiaram benfeitorias de um sítio em Atibaia e de um triplex no
Guarujá.
“Doações podem ser realizadas por diversos motivos, mas
precisamos ver se isso tem motivação com as obras fraudulentas feitas pela
Petrobras”, disse Lima.
As empresas Camargo Corrêa, Odebrecht, UTC, OAS, Queiroz
Galvão e Andrade Gutierrez, segundo o procurador, pagaram 60% de todas as
doações para o Instituto Lula e 47% dos valores das palestras para Lula entre
2011 e 2014.
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