Ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na sede do Partido dos Trabalhadores |
O ex-presidente Lula bateu o martelo nesta terça-feira e
decidiu aceitar o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para integrar o
mais alto escalão do governo federal.
O ministério que o petista vai assumir, porém, ainda não
está definido.
Lula é cotado para a Secretaria de Governo, comandada por
Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil - pastas hoje
nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar
Lula.
A decisão, no entanto, foi tomada antes da divulgação, por
VEJA, de novas revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em acordo de
delação premiada.
Delcídio joga o ministro Aloizio Mercadante (Educação) no
centro das investigações e também complica Lula, o que pode acabar mudando a
composição feita anteriormente.
"Isso já é fato consumado. A delação talvez apenas
force o governo a reavaliar a distribuição das pastas", afirma um
parlamentar.
Virtual candidato em
2018, o ex-presidente quer assumir um ministério não de olho em suas pretensões
eleitorais ou em busca de ajudar o país no momento de mais profunda crise.
Lula, quer, na verdade, ganhar sobrevida nas investigações
da Operação Lava Jato: com foro privilegiado, seu caso sai das mãos do juiz
Sergio Moro e passa a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
(Marcela Mattos, de Brasília)
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