domingo, 28 de fevereiro de 2016

Em carta a senadores, Delcídio nega ter feito ameaças para evitar cassação

Delcidio passou 80 dias presos pela Lava Jato
Agência Brasil

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) enviou uma carta aos senadores na qual nega ter feito ameaças aos colegas para evitar a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Casa. 

Na carta, enviada  quinta-feira (25) aos colegas,Delcídio classifica de "falsas e delirantes" as notícias sobre as supostas ameaças, divulgadas pela imprensa.

Aos colegas, o senador disse que as notícias não condizem com sua "conduta de homem e de parlamentar". Delcídio também disse que sua prisão foi injusta.

"O injusto encarceramento me afastou temporariamente da vida familiar, social e política, todavia não me exonerou da coerência e da razão. 

Seria falso dizer que a injustiça não fere, testa a nossa força debilitando o corpo e atormentando o espírito.

Porém, essas provações não dobraram meu caráter. Ódio e revanchismo não ocuparam minha imaginação. 

Mantive a serenidade e permaneço fiel aos meus princípios morais, que não foram depreciados ou abalados.", disse o senador.

Delcídio ficou 80 dias preso em função das investigações da Operação Lava Jato e passou a cumprir prisão domiciliar na sexta-feira (19). 

O retorno dele ao Senado era esperado nesta semana, mas Delcídio apresentou um atestado médico se licenciando por 15 dias da Casa.

A prisão do senador foi embasada em uma gravação apresentada à Procuradoria-Geral da República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. 

Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil por mês para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.

De acordo com os procuradores, o objetivo de Delcídio era evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada. 

Os fatos ocorreram em uma reunião da qual participaram Bernardo Cerveró, o ex-advogado dele, Edson Ribeiro, e o senador Delcídio.


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