Delcidio passou 80 dias presos pela Lava Jato |
Agência Brasil
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) enviou uma carta aos
senadores na qual nega ter feito ameaças aos colegas para evitar a cassação de
seu mandato no Conselho de Ética da Casa.
Na carta, enviada quinta-feira (25) aos colegas,Delcídio classifica de "falsas e delirantes" as
notícias sobre as supostas ameaças, divulgadas pela imprensa.
Aos colegas, o senador disse que as notícias não condizem
com sua "conduta de homem e de parlamentar". Delcídio também disse
que sua prisão foi injusta.
"O injusto encarceramento me afastou temporariamente da
vida familiar, social e política, todavia não me exonerou da coerência e da
razão.
Seria falso dizer que a injustiça não fere, testa a nossa força
debilitando o corpo e atormentando o espírito.
Porém, essas provações não dobraram meu caráter. Ódio e
revanchismo não ocuparam minha imaginação.
Mantive a serenidade e permaneço
fiel aos meus princípios morais, que não foram depreciados ou abalados.",
disse o senador.
Delcídio ficou 80 dias preso em função das investigações da
Operação Lava Jato e passou a cumprir prisão domiciliar na sexta-feira (19).
O
retorno dele ao Senado era esperado nesta semana, mas Delcídio apresentou um
atestado médico se licenciando por 15 dias da Casa.
A prisão do senador foi embasada em uma gravação apresentada
à Procuradoria-Geral da República por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró.
Segundo a procuradoria, o senador ofereceu R$ 50 mil
por mês para Cerveró e sua família, além de um plano de fuga.
De acordo com os procuradores, o objetivo de Delcídio era
evitar que o ex-diretor fizesse acordo de delação premiada.
Os fatos ocorreram
em uma reunião da qual participaram Bernardo Cerveró, o ex-advogado dele, Edson
Ribeiro, e o senador Delcídio.
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