Muitos brasileiros estão sem carteira assinada há meses |
A taxa de desemprego para as seis principais regiões
metropolitanas do país analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) subiu em janeiro para 7,6%, a maior para os meses de janeiro
desde os 8,2% de janeiro de 2009.
Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) foram
divulgados hoje (25) e indicam que a alta em relação a dezembro do ano passado
(6,9%) é de 0,7 ponto percentual, passando a 2,3 pontos percentuais em relação
a janeiro de 2015 (5,3%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a população desocupada em janeiro era de 1,9 milhão de pessoas,
crescendo 8,4% (mais 146 mil pessoas) frente a dezembro último e 42,7% em
relação a janeiro de 2015 (mais 562 mil pessoas em busca de trabalho).
Os dados relativos a emprego nas seis principais regiões
metropolitanas do país indicam que havia em janeiro 23 milhões de pessoas
integrando a população ocupada, um recuou de 1% na comparação mensal (menos 230
mil pessoas); e de -2,7% em relação a janeiro de 2015 (menos 643 mil pessoas).
Já o número de pessoas com carteira de trabalho assinada
ficou estável em janeiro (11,6 milhões), embora tenha caído 2,8% (menos 336 mil
pessoas) em relação a janeiro de 2015.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE indicam que o rendimento
médio real habitual dos trabalhadores caiu 1,3% em relação a dezembro de 2015,
passando de R$ 2.273,44 para R$ 2.242,90); e 7,4% quando comparado a janeiro de
2015 (R$ 2.421,51).
Também foi constatada retração na massa de rendimento médio
real habitual, que em janeiro ficou em R$ 52,1 bilhões. Quando comparada a
dezembro do ano passado, a queda foi de 2,5%, passando a 10,4% na comparação
anual.
Quanto à massa de rendimento médio real efetivo, que em
janeiro ficou em R$ 64,8 bilhões, houve crescimento de 8,8% em relação a
dezembro último e queda de 9,6% em relação a dezembro de 2014.
Capitais Os dados
da Pesquisa Mensal de Emprego constataram queda da taxa de desocupação em duas
das seis regiões metropolitanas envolvidas na pesquisa e estabilidade nas
outras quatro na comparação mensal.
Quando comparada a dezembro de 2015, a análise mensal
mostrou que a taxa de desocupação subiu de 7% para 8,1% na região metropolitana
de São Paulo e de 5,9% para 6,9% na de Belo Horizonte.
Já na comparação com janeiro de 2015, houve crescimento da
taxa em janeiro deste ano em todas as regiões pesquisadas, com destaque para
Recife, onde o desemprego foi de 6,7% para 10,5% - alta de 3,8 pontos
percentuais.
Em Salvador, a taxa passou de 9,6% para 11,8% (2,2 pontos
percentuais); em Belo Horizonte, de 4,1% para 6,9% (2,8 pontos percentuais); no
Rio de Janeiro, de 3,6% para 5,1% (1,5 ponto percentual; em São Paulo, de 5,7%
para 8,1% (2,4 pontos percentuais); e em Porto Alegre, de 3,8% para 5,9% (2,1
pontos).
Detalhamento Embora
a taxa de desocupação de 7,6% verificada em janeiro para o conjunto das seis
principais regiões metropolitanas do país tenha sido a maior desde 2009 (8,2%),
por grupamentos de atividade, de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, houve
estabilidade em quase todos os setores.
As exceções foram educação, saúde, serviços sociais,
administração pública, defesa e seguridade, que fecharam janeiro último com
queda de 2,8% (111 mil pessoas), em relação a dezembro de 2015; e serviços
domésticos, que fechou o mês passado com queda de 6,4% (93 mil pessoas), na
mesma base de comparação.
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