O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula Silva, afirmou que nenhum
presidente consegue governar sem ver de perto os problemas, “sem conhecer a
cara e as necessidades do povo”.
Ao agradecer a cidadania piauiense e teresinense, em sessão da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de Teresina, no começo da tarde desta quarta-feira (21), Lula lembrou antecedentes da criação do PT, no Piauí, e lembrou o operário José Ribamar Santos como fundador.,
Lula brincou que já se sentia um piauiense antes mesmo da
cidadania, mas reclamou que nenhum dos amigos piauienses o levou para tomar
banho de mar no Delta do Parnaíba.
“Se conheci as praias do Piauí foi escondido
dos jornalistas às 6h e eles ainda me acharam. Fizeram uma foto que percorreu o
mundo”, lembrou.
Lula destacou que a homenagem aumenta sua
responsabilidade com um Estado que já foi sinônimo de pobreza e que desponta como nova fronteira de desenvolvimento do
país.
Ressaltou "uma gente que aprendeu a admirar pela disposição para o trabalho e
pela superação, citando o desempenho de estudantes piauienses de escolas
públicas nas olimpíadas do conhecimento, de matemática, onde as medalhas de
ouro são certas".
O ex-presidente Lula lamentou que o país viva um momento de
ódio, com as pessoas sendo condenadas sem sequer saber que eram acusadas ou
estavam sendo julgadas. O ex-presidente admitiu que o Brasil não é uma ilha e
também sofre com a crise mundial, tanto que teve que cortar gastos para não
quebra de vez.
“Mas o país é grande, de um povo fantástico, trabalhador.
Essa nossa gente fez um país melhor do que era antes. A pessoas que nos
criticam não lembram quanto era o valor do salário mínimo, quantas vagas de
universidade foram abertas nos 500 anos em que esse povo foi esquecido por
eles.
Os pobres fizeram as mudanças nesse país. O que eles não conseguiram...
Com o trabalho, superamos a pobreza. Mais de 40 milhões de brasileiros
ascenderam à classe média, 36 milhões saíram da miséria”.
Ao amigo Wellington Dias, Lula recomendou que o governador
faça mais do que fez nos dois primeiros governos, com mais trabalho, diálogo,
contato e criatividade, para superar toda a dificuldade financeira.
“Vá a
Brasília, faça seus pedidos a Dilma como você fez a mim. E não espere agradecimento, reconhecimento. É
como o craque que marca gol até de canela, mas que é xingado quando perde
pênalti. Trabalhe.
O maior reconhecimento de um político é poder deitar a
cabeça no travesseiro e ter a consciência tranqüila de ter feito o melhor pelo
seu povo”. (P.P.)
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