O deputado Marden
Menezes (PSDB) considerou inoportuna a vinda do ex-presidente Lula ao Piauí
para receber os títulos de cidadão piauiense e teresinense.
Explicou que não
participou da sessão solene em respeito à sua postura de oposicionista
manifestada em vários pronunciamentos e entrevistas.
“Não vim por respeito ao meu trabalho, às críticas
contundentes que faço” Para o tucano o momento foi inoportuno porque ele está
no centro do furacão das denúncias de corrupção, suspeito do desvio de milhões
e milhões.
Ele disse que não quis vir no exercício do mandato, mas por
que não veio logo após, deixou para vir muitos anos depois para receber a
cidadania. Eu não votei nesse título porque já antevia a corrupção que vinha se
desenrolando e hoje ocupa as manchetes”, afirmou.
Marden afirmou também que Lula veio apenas dizer que é o
bom, que saiu da pobreza e chegou à Presidência da República, mas questionou os
métodos usados. “Ele saiu da pobreza usando os métodos mais impróprios, se
apropriando do dinheiro público.
Ele é o maior responsável pelas mazelas. O próprio Ipea já
aponta a volta de milhões de brasileiros à linha da miséria por causa de uma
política sem rumo”, disse.
O deputado tucano disse que a sessão solene foi um evento
insosso porque a maioria do povo brasileiro está decepcionado com o governo.
“As galerias estavam vazias, não houve cheiro do povo,
presentes somente os militantes. Nas redes sociais 90% das pessoas não
concordaram com a vinda dele. Agora criticam a oposição por não ter vindo. Qual
a culpa que tenho de não concordar com a corrupção, de não aceitar a
roubalheira?”, frisou.
Em aparte, o deputado Luciano Nunes (PSDB) disse que a
entrega dos títulos de cidadania piauiense ao ex-presidente Lula foi
transformado em um palanque partidário, parecendo mais uma convenção do PT do
que uma sessão solene. “Esperávamos uma postura diferente, de estadista.
Mas,
ele apresentou um pensamento pequeno carregado de ódio e rancor, pregando o
separatismo entre ricos e pobres. Esperávamos uma postura de unificação para
enfrentar a crise”, disse. (Alepi – Durvalino Leal)
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