Mendonça Filho: não houve quebra de acordo para formar comissão |
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), rebateu as
acusações de que teria havido quebra de acordo no processo de composição da
comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
Segundo ele, a própria base do governo, por meio de seus
líderes, “manobrou” para tentar assegurar maioria no colegiado.
“Quem manobrou
foi o próprio governo, quando tentou construir uma chapa hegemônica”, disse
Mendonça Filho.
“A chapa branca gerou
insatisfação dentro de partidos da própria base do governo e eles procuraram
uma chapa alternativa”, disse o líder do DEM, referindo-se à formação de uma
lista alternativa de deputados para compor a comissão do impeachment.
Representando a liderança do Solidariedade, o deputado Paulo
Pereira da Silva (SP) também destacou que a dissidência na formação da lista
para o colegiado partiu da própria base do governo.
“A chapa alternativa que está sendo montada tem 8 membros do
PMDB, 4 do PP e vai por aí. Nós só estamos compondo essa chapa. O que parece é
que o governo montou uma chapa branca e essa chapa foi contestada por membros
da base do governo”, disse o deputado.
Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR) disse que, se
dependesse só da oposição, a chapa alternativa – que precisa ter, no mínimo, 33
parlamentares (metade mais um da comissão especial) – não teria viabilidade.
“Tem dissidência nos
médios e grandes partidos da base do governo. E se tem é porque o próprio
governo tentou impor apoio, ao indicar nomes por meio de seus líderes para a
comissão especial.
Então, a base se rebelou e deu oportunidade de criar uma
chapa alternativa, para que o Plenário da Câmara decida pelo voto. Não tem nada
de novo”, observou Bueno.
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