segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Adiamento da comissão do impeachment não foi quebra de acordo, diz oposição

Mendonça Filho: não houve quebra de acordo para formar comissão
O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), rebateu as acusações de que teria havido quebra de acordo no processo de composição da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segundo ele, a própria base do governo, por meio de seus líderes, “manobrou” para tentar assegurar maioria no colegiado.

 “Quem manobrou foi o próprio governo, quando tentou construir uma chapa hegemônica”, disse Mendonça Filho.

 “A chapa branca gerou insatisfação dentro de partidos da própria base do governo e eles procuraram uma chapa alternativa”, disse o líder do DEM, referindo-se à formação de uma lista alternativa de deputados para compor a comissão do impeachment.

Representando a liderança do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP) também destacou que a dissidência na formação da lista para o colegiado partiu da própria base do governo.

“A chapa alternativa que está sendo montada tem 8 membros do PMDB, 4 do PP e vai por aí. Nós só estamos compondo essa chapa. O que parece é que o governo montou uma chapa branca e essa chapa foi contestada por membros da base do governo”, disse o deputado.

Líder do PPS, o deputado Rubens Bueno (PR) disse que, se dependesse só da oposição, a chapa alternativa – que precisa ter, no mínimo, 33 parlamentares (metade mais um da comissão especial) – não teria viabilidade.

 “Tem dissidência nos médios e grandes partidos da base do governo. E se tem é porque o próprio governo tentou impor apoio, ao indicar nomes por meio de seus líderes para a comissão especial.


Então, a base se rebelou e deu oportunidade de criar uma chapa alternativa, para que o Plenário da Câmara decida pelo voto. Não tem nada de novo”, observou Bueno.

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