Manifestação é programada para o meio da semana em todo o País |
A maior mobilização desde as manifestações conta Collor em
92 pelo seu impeachment.
Foi assim que o presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores) nacional, Vagner Freitas, apresentou o ato contra o impeachment,
pelo fim do ajuste fiscal e pelo fora Cunha programado para o dia 16, às 17h,
na avenida Paulista, em São Paulo.
Trata-se de caso raro de união de duas grandes frentes de
movimentos sociais ligados à esquerda: Povo Sem Medo e Brasil Popular, que têm assumido a reação da esquerda contra processo do impeachment.
"Temos nossas divergências, mas nos unificamos em torno
desses eixos, o que demonstra não só a gravidade do momento que o Brasil vive
mas também um amadurecimento da esquerda."
Segundo Freitas, CUT, Central dos Trabalhadores do Brasil
(CTB), Intersindical, União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento Sem Terra
(MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Confederação Nacional de
Entidades Negras (Conen).
Essas entidades planejaram a manifestação do próximo dia 16 -três dias
após ato agendado por grupos pró-impeachment- em torno da "valorização da
democracia".
"Temos consciência de que o impeachment se dará no
Congresso mas que as disputas nas ruas serão essenciais para definir os rumos
deste processo", avalia Carina Vitral, presidente da União Nacional dos
Estudantes (UNE).
De acordo com Guilherme Boulos, presidente do Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra (MTST), a manifestação mais importante deve ocorrer em
São Paulo. "Vamos levar mais de 50 mil pessoas para a Paulista",
disse.
"É um ato contra o impeachment porque entendemos que
Michel Temer na presidência aprofundaria o ataque aos direitos sociais. Seria
uma ponte para o passado", avalia. "Mas quem disser que é um ato em
defesa de Dilma e do PT está fazendo malabarismo. Somos contra o ajuste fiscal
do governo."
Segundo Gilmar Mauro, coordenador nacional do MST, o
objetivo da articulação das frentes é, primeiro, mobilizar não só outros
movimentos mas todos os democratas e progressistas do país, e, em segundo
lugar, articular um processo de mobilização por reformas estruturais no
governo.
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