Eduardo Cunha: más notícias e negação de renúncia |
Após ser alvo de operação de busca e apreensão da Polícia
Federal e de ter sofrido uma derrota no Conselho de Ética, o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiu criticando o PT, partido da presidente
Dilma Rousseff.
"O estranho é o contexto, o dia e os objetivos. Não
parece que ninguém do PT é sujeito a algum tipo de operação", declarou.
"No dia que vai ter [a sessão] o Conselho de Ética, às
vésperas da decisão do processo de impeachment [pelo STF], e de repente
deflagram uma operação de uma forma um pouco estranha", disse Cunha.
"O governo quer desviar a mídia do processo de
impeachment e querer a colocar no PMDB e em mim a situação do assalto à
Petrobras, que foi praticado pelo PT e por membros do governo", afirmou.
Segundo o deputado, o prazo para apresentar sua defesa no
inquérito que deu origem às buscas vence nesta sexta-feira (18).
No início da manhã de terça, a PF desencadeou a operação
Catilinárias, com busca e apreensão em várias residências e escritórios de
políticos.
Entre os objetos apreendidos estão o celular do
peemedebista. Outros políticos do PMDB alvo da operação de hoje são o ministro
do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN); o da Ciência e Tecnologia, Celso
Pansera (RJ) e o senador Edison Lobão (MA).
Cunha também criticou a transcrição de uma das delações
premiadas da Lava Jato que indicam a participação dele no esquema.
Segundo o deputado, a transcrição do depoimento que consta
no processo contra ele não corresponde ao teor do depoimento gravado em vídeo
ao qual seus advogados tiveram acesso.
"A transcrição que foi feita do vídeo da delação é
criminosa, porque não retrata o que está no vídeo", disse.
"Estranho profundamente essa concentração no PMDB
[entre os alvos da busca]", afirmou em entrevista coletiva em Brasília em
que também se declarou "desafeto do governo".
Ele negou ainda que pretenda renunciar ao cargo de
presidente da Câmara e se disse "absolutamente inocente".
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