terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Após derrotas, Cunha critica PT, diz que é desafeto do governo e nega renúncia


Eduardo Cunha: más notícias e negação de renúncia

Após ser alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal e de ter sofrido uma derrota no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiu criticando o PT, partido da presidente Dilma Rousseff.

"O estranho é o contexto, o dia e os objetivos. Não parece que ninguém do PT é sujeito a algum tipo de operação", declarou.

"No dia que vai ter [a sessão] o Conselho de Ética, às vésperas da decisão do processo de impeachment [pelo STF], e de repente deflagram uma operação de uma forma um pouco estranha", disse Cunha.

"O governo quer desviar a mídia do processo de impeachment e querer a colocar no PMDB e em mim a situação do assalto à Petrobras, que foi praticado pelo PT e por membros do governo", afirmou.

Segundo o deputado, o prazo para apresentar sua defesa no inquérito que deu origem às buscas vence nesta sexta-feira (18).

No início da manhã de terça, a PF desencadeou a operação Catilinárias, com busca e apreensão em várias residências e escritórios de políticos.

Entre os objetos apreendidos estão o celular do peemedebista. Outros políticos do PMDB alvo da operação de hoje são o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (RN); o da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (RJ) e o senador Edison Lobão (MA).

Cunha também criticou a transcrição de uma das delações premiadas da Lava Jato que indicam a participação dele no esquema.

Segundo o deputado, a transcrição do depoimento que consta no processo contra ele não corresponde ao teor do depoimento gravado em vídeo ao qual seus advogados tiveram acesso.

"A transcrição que foi feita do vídeo da delação é criminosa, porque não retrata o que está no vídeo", disse.

"Estranho profundamente essa concentração no PMDB [entre os alvos da busca]", afirmou em entrevista coletiva em Brasília em que também se declarou "desafeto do governo".

Ele negou ainda que pretenda renunciar ao cargo de presidente da Câmara e se disse "absolutamente inocente".


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