Corte no programa vai atingir muitas famílias carentes |
Brasília - O deputado federal e relator do Orçamento da
União de 2016, Ricardo Barros, dá entrevista após encontro com o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa
Além disso, Barros
anunciou cortes de R$ 320 milhões no auxílio-reclusão (50%), de R$ 80 milhões
no auxílio-moradia (20%) e de R$ 1,84 bilhão (10%) de compensação no RGPS
(Repasse a Previdência por Desoneração da Folha).
De acordo com o relator, essas medidas são necessárias para
cumprir a meta do governo de superávit (receitas menos despesas ) de 0,7% do
Produto Interno Bruto (PIB) para 2016.
O parecer final do deputado Ricardo Barros deverá ser
apresentado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) segunda (14) ou terça-feira
(15).
Segundo ele, os poucos ajustes deverão ser concluídos neste
fim de semana ou na segunda-feira, de modo que o relatório possa ser discutido
e votado pela comissão e, em seguida, pelo plenário do Congresso.
O relator informou que a ideia é começar a discutir o
parecer na CMO já na terça-feira, caso não haja impedimento pela falta da
votação do Plano Plurianual (PPA).
Barros acrescentou que o PPA deverá ser
votado na sessão do Congresso terça-feira à noite.
Na proposta a ser apresentada à CMO, Ricardo Barros incluiu
recursos de R$ 10 bilhões decorrentes da arrecadação com o retorno da CPMF.
No entanto, a proposta que recria a contribuição sequer teve
sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e de Justiça da
Câmara.
Para o relator, os cortes propostos são necessários para manter a
previsão de uma meta de superávit de R$ 34,4 bilhões, o que equivale a 0,7% do
PIB.
Ricardo Barros disse ainda que a proposta prevê que não
haverá novas adesões ao Bolsa Família no ano que vem. Segundo ele, anualmente
deixam o programa cerca de 700 mil famílias.
O relator afirmou que não tem nada contra o programa,
"que já tirou muitos brasileiros da miséria, mas que há deficiências na
gestão". Conforme o deputado, não haverá prejuízo a nenhuma pessoa
enquadrada na lei.
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