sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Estadão: Prévia da inflação oficial fecha 2015 com alta de 10,71%, o maior índice em 13 anos

A cebola ficou 26,28% mais cara em dezembro  

Nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu pela primeira vez oficialmente que terá de escrever a carta aberta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por deixar a inflação superar o teto de 6,5%.

Descumpre, assim, as regras do sistema de meta de inflação. Em 17 anos, presidentes do BC tiveram de redigir esta carta aberta em três ocasiões.


Segundo o IBGE, os preços de vários produtos importantes na despesa das famílias tiveram alta expressiva de novembro para dezembro, com destaque para a cebola (26,28%), batata-inglesa (18,13%), tomate (17,60%), açúcar refinado (13,74%) e cristal (13,64%), feijão-carioca (5,60%), hortaliças (5,05%), frutas (4,90%) e óleo de soja (4,78%).

No grupo transportes, o item combustíveis liderou o ranking dos principais impactos individuais do mês. O litro da gasolina, por exemplo, ficou 2,69% mais caro, enquanto o etanol subiu 7,14%. Destaca-se, também, o aumento sazonal de 36,54% das passagens aéreas.

A tarifa de energia elétrica também subiu em dezembro: 0,95%. Houve impacto, sobretudo, da alta de 8,34% na conta de luz da região metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas de uma das concessionárias foram reajustadas em 16%. 

No ano de 2015, o grupo habitação registrou a maior variação: alta de 18,51%.

A segunda maior elevação foi de alimentação e bebidas, 12,16%, seguida por transportes, com aumento de 10,27%. 

Os demais resultados anuais no IPCA-15 de 2015 foram: Despesas Pessoais (9,51%), Educação (9,29%); Saúde e cuidados pessoais (9,12%); Artigos de residência (4,73%), Vestuário (4,33%); e Comunicação (2,17%).


Entenda. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

 A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, o índice oficial de inflação, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário