Acusações são do tempo em que esteve no Detran e Agespisa |
A lista dos deputados investigados é encabeçada pelo presidente
da Câmara, deputado Eduardo Cunha.
O número de deputados suspeitos ou acusados
formalmente de crimes cresceu 12% no Supremo Tribunal Federal (STF) em apenas
quatro meses.
Assis Carvalho (PT-PI) está na lista do Congresso em Foco: O
que há contra o deputado no Supremo - É investigado nos inquéritos 3175 e 3103
por apropriação indébita previdenciária.
Entre as acusações, o deputado é suspeito de não ter
repassado contribuições à Previdência Social quando comandou a companhia de
água (Agespisa) e o Detran do Piauí.
Saltou de 130, em 1º de julho, para 148, em 19 de novembro.
Ou seja, pelo menos dois em cada sete deputados respondem a inquérito
(investigação preliminar que procede a abertura de processo) ou ação penal
(processo que pode resultar em condenação) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dados são de levantamento exclusivo do Congresso em Foco. Mas o número pode
ser ainda maior, já que alguns ministros do Supremo mantêm em sigilo a
existência de alguns inquéritos, impedindo que o cidadão tenha conhecimento das
suspeitas que recaem sobre seus representantes no Parlamento.
A lista dos delitos
atribuídos aos parlamentares é extensa: crimes de responsabilidade, contra a
Lei de Licitações, corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos,
crimes eleitorais, ambientais, entre outros.
O total de investigados supera, por exemplo, a soma das duas
maiores bancadas partidárias. Reunidos, PMDB e PT ocupam 126 cadeiras. O
ranking das siglas com mais encrencados na Justiça (veja abaixo) é liderado
pelo PP.
Dos 41 deputados do Partido Progressista, 27 (66%) têm
pendências criminais. Entre eles, 18 estão na mira da Operação Lava Jato, como
o 1º vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), e o líder Eduardo da
Fonte (PE).
Dono da maior bancada da Casa, o PMDB tem o segundo maior
número de deputados sob suspeita: 19 de seus 67 representantes respondem a
inquérito ou ação penal no Supremo.
Entre eles, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que
pode se tornar réu caso os ministros aceitem a denúncia por corrupção e lavagem
de dinheiro feita pela Procuradoria-Geral da República a partir das
investigações da Lava Jato.
Na sequência, três
partidos aparecem empatados com 13 investigados: o PR (que tem 34
representantes na Câmara), o PSDB (com 53 cadeiras) e o PT (que tem 59
deputados).
Os deputados Roberto Góes (PDT-AP) e Veneziano Vital do Rêgo
(PMDB-PB) são os campeões em pendências criminais, a exemplo do levantamento
anterior.
Os ex-prefeitos de Macapá e Campina Grande respondem a 12
inquéritos ou ações penais, de acordo com o levantamento concluído pelo site no
último dia 19.
Como mostrou a Revista Congresso em Foco, desde 1988, ano em
que a atual Constituição entrou em vigor, mais de 500 parlamentares foram
investigados no Supremo Tribunal Federal (STF).
A primeira condenação ocorreu apenas em 2010. De lá para cá,
apenas 16 congressistas que estavam no exercício do mandato foram condenados
por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública.
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