Deputados de oposição dão nomes para constituir chapa alternativa |
Com o apoio de 272 deputados, o Plenário da Câmara aprovou a
chapa 2 para compor a comissão especial de análise do pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. A chapa 1 obteve 199 votos.
A chapa 2 é formada, em sua maioria, por deputados que fazem
oposição ao governo e tem 39 inscritos. Os outros 26 deputados que precisam ser
eleitos para preencher as 65 vagas serão escolhidos em votação complementar,
que ocorrerá amanhã.
Segundo os blocos formados no início da legislatura, faltam
ser indicados, no bloco
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB, 4 vagas de titulares
e 14 de suplentes.
No bloco PT/PSD/PR/Pros/PCdoB precisam ser preenchidas 15
vagas de titulares e 17 de suplentes. Para o bloco PSDB/PSB/PPS/PV há 1 vaga de
titular e 5 vagas de suplentes.
Ao PDT, caberá preencher duas vagas de titulares e duas de
suplentes. Com um titular e um suplente a preencher, estão os partidos: Psol,
PTC, PTdoB e Rede.
Os dois parlamentares indicados pelo PSC para o colegiado –
deputados Marco Feliciano (SP) e Eduardo Bolsonaro (SP) – integram a chapa
oficial e também a lista alternativa da oposição.
Conforme a Secretaria-Geral,
no plenário principal da Casa, será anunciada a permanência dos dois na chapa
alternativa, já que eles assinaram individualmente essa lista.
No protocolo da chapa
oficial, a indicação dos dois parlamentares foi feita pelo líder do PSC, André
Moura (SE). No momento em que for formalizada a migração deles para a lista
oposicionista, a chapa oficial ficará com 47 indicados.
Para poder participar da eleição da comissão especial, que
terá 65 vagas, uma chapa precisa contar com 33 indicações. A escolha dos
integrantes do colegiado será feita por eleição secreta no plenário da Câmara
na noite desta terça. Os deputados terão que escolher entre a chapa oficial e a
alternativa.
Os partidos que não tiverem indicações na chapa vencedora
serão convocados a apresentar as indicações para completar as vagas. Em
seguida, esses nomes serão votados. A votação para eleger os integrantes da
comissão será secreta.
Uma sessão extraordinária da Câmara havia sido marcada para
a noite desta segunda (7) para eleger a comissão que irá analisar o processo,
mas foi adiada em razão do impasse dentro das bancadas para definir os
representantes e, principalmente, por conta da insatisfação de uma ala do PMDB
com os nomes definidos pelo líder da sigla, deputado Leonardo Picciani (RJ).
Na semana passada, os líderes partidários haviam entrado em
acordo para não permitir candidaturas avulsas.
No entanto, nesta segunda-feira, deputados da oposição e dissidentes do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.
No entanto, nesta segunda-feira, deputados da oposição e dissidentes do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.
O objetivo da chapa alternativa é compor um grupo com
deputados do PMDB que são críticos ao governo Dilma, já que o líder da bancada
deve apresentar apenas nomes mais em sintonia com o Palácio do Planalto.
"Queriam formar uma comissão chapa branca, sem
interesse em investigar. Por isso, estamos lançando essa chapa", disse o
deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que integra a ala do PMDB que defende o
rompimento com a presidente da República.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou e
decidiu postergar para esta terça o prazo de indicação de nomes e eleição para
a comissão especial. A decisão foi criticada pelos líderes do PMDB, do governo
e do PT.
"É inaceitável. Essa comissão já começa inviabilizada.
Está se permitindo uma briga interna das bancadas com indicação de membros para
outra chapa", criticou Sibá. "É uma confusão. É a segunda mexida.
O
prazo para indicação era hoje às 14h. O presidente passou para 18h. Agora
remarca para amanhã e permite que dentro de uma mesma bancada haja indicações
para outra chapa. É inaceitável", disse na segunda o líder do PT, Sibá
Machado (AC).
Chapa alternativa De acordo com os oposicionistas, integram a chapa
alternativa 39 deputados indicados por PSDB, SD, DEM, PPS, PSC, PMDB, PHS, PP,
PTB, PEN, PMB, PSB e PSD. Segundo os deputados, a chapa foi batizada de
"Unindo o Brasil" e foi protocolada na Câmara às 13h50.
Veja os integrantes da chapa alternativa:
PMDB (8 vagas)
Osmar Terra (RS)
Lelo Coimbra (ES)
Carlos Marum (MS)
Lúcio Vieira lima (BA)
Manoel Junior (PB)
Mauro Mariani (SC)
Flaviano Melo (AC)
Osmar Serraglio (PR)
PSDB (6 vagas)
Carlos Sampaio (SP)
Bruno Covas (SP)
Shéridan (RR)
Rossini (PR)
Nilson leitão (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)
PSB (4 vagas)
Fernando Coelho Filho (PE)
Danilo Forte (CE)
Bebeto (BA)
Tadeu Alencar (PE)
PSD (4 vagas)
Sóstenes cavalgante (RJ)
Evandro Roman (PR)
João Rodrigues (SC)
Delegado Éder Mauro (PA)
PP (4 vagas)
Jerônimo Goergen (RS)
Jair Bolsonaro (RJ)
Luiz Carlos Heinze (RS)
Odelmo Leão (MG)
PTB (3 vagas)
Ronaldo Nogueira (RS)
Benito Gama (BA)
Sérgio Moraes (RS)
SD (2 vagas)
Fernando Francischini (PR)
Paulo Pereira da Silva (SP)
DEM (2 vagas)
Rodrigo Maia (RJ)
Mendonça Filho (PE)
PSC (2 vagas)
Marco Feliciano (SP)
Eduardo Bolsonaro (SP)
PPS (1 vaga)
Alex Manente (SP)
PEN (1 vaga)
André Fufuca (MA)
PHS (1 vaga)
Kaio Maniçoba (PE)
PMB (1 vaga)
Major Olímpio (SP
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