sábado, 19 de dezembro de 2015

Mais de 59% dos teresinenses desaprovam as mudanças no trânsito de Teresina

População  diz: Mudanças de trânsito não têm aprovação (Cidade Verde)

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, órgão do Ministério Público Federal (MPF), divulga nn sexta-feira  o resultado da consulta pública sobre as últimas alterações promovidas no trânsito de Teresina.

A consulta foi respondida por 630 pessoas de forma completa e por 35 pessoas de forma incompleta. 

Desse total, 59,21% desaprovaram as alterações implementadas, enquanto 40,79% aprovaram as medidas.

Dentre os aspectos mencionados pelos cidadãos teresinenses, o único que atingiu aprovação da maioria foi a reorganização na região do bairro Marquês de Paranaguá, zona norte da capital.

Das manifestações que mencionaram as mudanças promovidas naquela região, 28 pessoas julgaram que as medidas foram úteis à reorganização do trânsito em Teresina, enquanto 20 pessoas referiram-se às medidas como ineficazes.

Outro aspecto verificado nas opiniões diz respeito à criação das faixas semi-exclusivas para os ônibus.

O item foi julgado como prejudicial ao trânsito, ressaltando-se que muitos dos que rejeitaram a medida o fizeram em razão de a Prefeitura de Teresina ter utilizado vias estreitas e com apenas duas faixas de trânsito para o estabelecimento das faixas semi-exclusivas para a circulação do transporte coletivo.



Como exemplo bastante significativo, foi citado o caso da Rua Anísio de Abreu, na região norte de Teresina. Dentre os que se manifestaram acerca da criação da faixa semi-exclusiva na referida rua, 30 desaprovaram a medida, enquanto 20 pessoas aprovaram. A criação das faixas semi-exclusivas também provocou a insatisfação de pessoas em outras regiões da cidade.

Na zona sul, as críticas mencionaram especificamente a Avenida Miguel Rosa e a Avenida Barão de Gurguéia. Dos que se referiram às duas avenidas, 20 pessoas desaprovaram a criação da faixa semi-exclusiva, ao passo que outros 16 cidadãos aprovaram a medida.

Na região leste da cidade as menções foram especificamente à Avenida Presidente Kennedy. Dos consultados, 25 pessoas foram contrárias à medida, enquanto outras 18 pessoas foram favoráveis.

Ainda no que se refere ao transporte coletivo, o índice de desaprovação à qualidade/localização dos pontos de espera de ônibus é de 100%. 

Das 29 pessoas que se reportaram ao tema, a totalidade julgou que as medidas implementadas foram ineficazes e/ou inexistentes.

Também houve unanimidade na desaprovação às alterações promovidas no percurso e nos pontos de espera dos ônibus intermunicipais.

A totalidade das 23 pessoas que fizeram menção ao tema julgaram-no prejudicial à eficiência do trânsito. Houve ainda 12 opiniões que mencionaram a ausência de planejamento/debate público como prejudiciais à organização do trânsito.

Outras alterações bastante significativas dizem respeito àquelas promovidas na região leste de Teresina, com maior ênfase à Avenida Dom Severino.

Houve 58 opiniões contrárias às mudanças empreendidas naquela via, especificamente no que diz respeito ao fechamento de retornos e rotatórias, enquanto outras 52 pessoas aprovaram tais mudanças como úteis à fluidez do trânsito na região.

Há ainda inúmeras referências às deficiências na sinalização. Um universo de 58 pessoas desaprovaram as mudanças na sinalização à dinâmica do trânsito, enquanto outras 26 pessoas aprovaram as alterações neste quesito.

Por fim, verifica-se a total desaprovação à qualidade das vias públicas. Das 12 pessoas que se referiram ao tema, a totalidade condenou a pavimentação/conservação das ruas e avenidas da cidade.


O inquérito que apura as mudanças no trânsito de Teresina ainda não foi concluído. Existem diligências que ainda estão em andamento. 

Somente após as suas conclusões é que o procurador regional dos Direitos do Cidadão no Piauí, Alexandre Assunção e Silva, adotará as providências cabíveis.

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