Marcelo Castro: sem motivos para sair do Governo |
Integrante da ala peemedebista pró-Dilma, o ministro da
Saúde, Marcelo Castro (PI), considerou que, em razão da abertura do processo de
impeachment contra a presidente, seria mais "conveniente" que o
ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, não desembarcasse agora do governo.
Ligado à bancada do
PMDB da Câmara, o ministro ressalta que permanecerá na pasta e trabalhará para
assegurar que os deputados da legenda que irão compor a comissão do impeachment
sejam defensores do mandato da presidente.
Como o sr. avalia o desembarque do ministro Eliseu Padilha
do governo Dilma?
Pelo o que li, o Padilha está aborrecido pelo motivo de uma
nomeação na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Ele tomou como uma
desconsideração e saiu. Então, para todos os efeitos, os motivos são esses.
Mas não é um momento delicado para deixar o governo?
Não sei a profundidade do aborrecimento dele, mas acho que, neste momento, por ter sido admitido o impeachment pelo Eduardo Cunha, dá margem a essas especulações. É uma hora muito ruim, uma hora delicada. Seria mais conveniente para todos se ele não estivesse saído.
Há pressão interna no partido para que o PMDB deixe suas
respectivas pastas?
Não há nenhuma possibilidade de eu deixar o ministério. Não
há pressão de ninguém. Nós estamos apoiando o governo da presidente Dilma.
Estamos satisfeitos, compartilhando a administração e nós estamos francamente dizendo que não há nenhum fato gerador de um processo de impeachment. Não há crime de responsabilidade, não há nada. Alguns integrantes da bancada consideram que, com a saída de Padilha, Temer (
Estamos satisfeitos, compartilhando a administração e nós estamos francamente dizendo que não há nenhum fato gerador de um processo de impeachment. Não há crime de responsabilidade, não há nada. Alguns integrantes da bancada consideram que, com a saída de Padilha, Temer (
Michel, vice-presidente) deixou suas digitais a favor do
impeachment.
Concorda?
De jeito nenhum.
Não é estranho o silêncio do vice-presidente Michel Temer
sobre o impeachment da presidente?
Não tenho como responder
isso.
O senhor tem participado das negociações da comissão que vai
tratar do impeachment?
Estou participando, conversando com os colegas. A ideia é
que as pessoas que sejam indicadas estejam dispostas a defender com todas as
forças, com toda a convicção, o mandato da presidente Dilma. / E.D
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