Gráficos mostram crescimento dos índices |
A projeção de instituições financeiras para a inflação,
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), neste ano,
subiu pela 13ª semana seguida, ao passar de 10,44% para 10,61%.
Para 2016, a estimativa para o IPCA subiu pela segunda vez
consecutiva.
Desta vez, a projeção foi ajustada de 6,7% para 6,8%.
As
estimativas foram divulgadas hoje (14) e estão no Boletim Focus do Banco
Central (BC), uma publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições
financeiras.
As duas projeções estão acima do limite superior da meta,
que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%. O Banco Central estima que a inflação só
deve atingir o centro da meta em 2017.
O principal instrumento usado pelo BC
para controlar alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por
definir a Selic, elevou a taxa por sete vezes consecutivas. Nas reuniões do
comitê em setembro, outubro e novembro, o Copom optou por manter a Selic em
14,25% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para
as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda
que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.
A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação
medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que
passou de 11,04% para 10,99%, este ano.
Para o Índice Geral
de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 10,80% para 10,81%,
em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu de 10,77% para 10,85%, este
ano.
A projeção para a alta dos preços administrados passou de
17,65% para 18%, este ano, e de 7,35% para 7,50%, em 2016.
A inflação alta vem acompanhada de encolhimento da economia
tanto neste ano quanto em 2016. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto
(PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,50%
para 3,62% este ano, no quarto ajuste seguido.
Para 2016, a estimativa de queda foi alterada pela décima
vez consecutiva, ao passar de 2,31% para 2,67%, em 2016.
A projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 3,95 para R$
3,90, ao final deste ano, e segue em R$ 4,20, no fim de 2016. (Fonte Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil)
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